Aconteceu na tarde desta segunda-feira (15/9), em Minas do Leão, a inauguração da primeira planta de produção de biometano do Rio Grande do Sul. Controlada pela Arpoador Energia e pelo Grupo Solví, a Biometano Sul foi instalada no aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR). Com capacidade para produzir 66 mil metros cúbicos de combustível renovável por dia, a planta representa um marco na transição energética do Estado.
O empreendimento recebeu R$ 150 milhões em investimentos, com financiamento do Fundo Clima do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apoia ações voltadas à mitigação das mudanças climáticas. O biometano produzido poderá ser utilizado em aplicações comerciais, industriais e residenciais, ampliando o uso de soluções energéticas limpas no território gaúcho.
A planta é abastecida pelo biogás proveniente do aterro sanitário da CRVR em Minas do Leão, que recebe diariamente resíduos de 85 municípios gaúchos, incluindo a Região Metropolitana. Toda a produção já foi comercializada com a Ultragaz e será destinada ao mercado industrial do Estado.
Segunda planta em São Leopoldo
A Solví já iniciou a construção de sua segunda unidade de biometano no Rio Grande do Sul, localizada na UVS da CRVR em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Com investimentos de mais de R$ 100 milhões, a nova planta terá capacidade para gerar 34 mil metros cúbicos por dia.
Transição energética
O biometano é um gás renovável obtido a partir da purificação do biogás produzido pela decomposição de matérias orgânicas, como o lixo urbano destinado aos aterros sanitários. Com características e eficiência semelhantes ao gás natural fóssil, pode ser usado em veículos, geração de energia, aquecimento e processos industriais.
Ao lado do diesel verde e do combustível sustentável para a aviação, o biometano compõe a trinca de combustíveis do novo programa federal de incentivo à transição energética.